O deputado federal Delegado Éder Mauro (PL/PA) fez duras críticas à gestão da família Barbalho no Pará, denunciando a aprovação de um pacote de medidas pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), que, segundo ele, prejudica diretamente os professores do estado. O parlamentar classificou as ações como um “rolo compressor de traição, maldade e covardia” contra a educação paraense.
Durante o discurso, Éder Mauro apontou que a aprovação do chamado “pacote da maldade” ocorreu de forma apressada, “no apagar das luzes”, e resultará em um corte de cerca de R$ 300 milhões por ano dos professores. Para ele, a medida é um reflexo da irresponsabilidade fiscal da gestão estadual, que teria acumulado dívidas milionárias e transferido o ônus dessas decisões para os servidores públicos.
“O governo dos Barbalhos destrói o Pará, isso é claro para todos nós. Depois de afundar o estado com empréstimos milionários, que geraram uma dívida histórica para os paraenses, agora o peso dessa irresponsabilidade recai sobre os servidores públicos, especialmente os professores”, afirmou o parlamentar.
Críticas à gestão e à condução da votação na Alepa
Éder Mauro também criticou diretamente a condução da votação na Alepa, sugerindo que a aprovação foi realizada sob influência direta do governador, a quem chamou de “Ali Babá”. Para ele, a retirada de direitos adquiridos dos professores é um ataque direto à educação pública e à classe trabalhadora do estado.
“O pacote aprovado é uma traição. É inadmissível que, em vez de fortalecer a educação, o governo adote medidas que subtraem recursos de professores, comprometendo o futuro das nossas crianças e jovens. Isso é um verdadeiro golpe contra a educação do Pará”, destacou o deputado.
Cenário de investigação e questionamentos à gestão Barbalho
No mesmo discurso, Éder Mauro mencionou as recentes ações da Polícia Federal envolvendo residências de integrantes da família Barbalho. O deputado destacou que essas ações não seriam perseguições políticas, como ocorre com alguns membros da oposição, mas indicativos de irregularidades na gestão estadual.
“A Polícia Federal esteve nas casas de membros da família Barbalho, e isso não foi por perseguição política. Enquanto o governo acumula dívidas e compromete o futuro do Pará, tenta desviar o foco das investigações com ataques aos seus opositores”, criticou.
Indignação e apelo por mudanças
O deputado concluiu sua fala lamentando a situação do Pará e apelando por uma reavaliação das medidas. Para ele, a retirada de direitos dos professores é um retrocesso inaceitável e uma afronta à educação pública.
“A educação do Pará está sendo atacada por um governo que deveria protegê-la. É lamentável ver o estado sendo conduzido dessa forma, à custa do sacrifício de nossos professores e do futuro das próximas gerações”, finalizou Éder Mauro.