QG da campanha de Lula será na antiga sede do partido, em São Paulo
Opção é diferente do que ocorreu durante os governos do PT, quando o comitê central das campanhas petistas se fixou em Brasília.
Diferentemente do que aconteceu durante os governos do PT, quando o comitê central se fixou em Brasília, neste ano, o quartel-general da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República terá como endereço a capital paulista. A escolha repete a corrida de 2002, ano em que Lula foi eleito pela primeira vez.
A mudança atende tanto à questão econômica, quanto às incertezas ainda existentes em relação à pandemia, de acordo com interlocutores do ex-presidente.
Econômica porque evitará deslocamentos de Lula, feitos geralmente em avião fretado, de São Paulo, onde mora, para a capital federal. Além disso, aliados do petista apontam que, caso o número de infecções na pandemia siga crescendo, a campanha se concentrará em eventos nas redes sociais e nos programas para o horário eleitoral na TV e rádio.
Simone Tebet (MDB) – O nome da senadora já foi lançado oficialmente pelo partido e concorrerá em 2022.
O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022 Rafaela Felicciano/Metrópoles
Com cenário ainda longe de ser definido, já se fala em pelo menos 11 pré-candidatos ao
Palácio do Planalto. Alguns estão oficializados pelos partidos; outros, ainda não
Hoje, funcionam no edifício o departamento financeiro do partido, além das secretarias de Organização, Comunicação, de Relação com Movimentos Sociais, de Relações Internacionais e Institucionais.
Em 2018, com Lula preso e o PT defendendo a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad, São Paulo também abrigou o núcleo duro da campanha.
O ex-presidente conta com a preferência nas pesquisas eleitorais. Algumas consultas chegam a apontar a possibilidade de vitória já em primeiro turno.
Desde que recuperou seus direitos políticos, Lula já tem dividido compromissos entre a sede icônica do partido, no centro, e o escritório no Instituto Lula, localizado no bairro Ipiranga, zona sul da capital.
A fachada do endereço símbolo para o partido estampou grafites com grandes nomes do pensamento de esquerda como Paulo Freire, a ex-ministra Luiza Bairros, Chico Mendes e Frida Khalo, mas viveu dias conturbados.
Em 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o local foi alvo ataques de vândalos, operações policiais e represálias, teve janelas de vidro e parte da fachada destruída devido a ataques feitos com picareta e coquetel molotov.
Na época, integrantes do partido apontaram os ataques como fruto da disseminação do ódio e do preconceito contra os partidos de esquerda, que experimentava seu ápice com a retirada da presidente.
Neste mesmo ano, a sede do PT havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal para apurar o pagamento de propinas.
Um ano antes, o então juiz da operação Lava Jato Sergio Moro, hoje pré-candidato do Podemos para enfrentar Lula, havia autorizado a quebra de sigilo telefônico de quatro números de telefones fixos do prédio e três celulares que, segundo ele, eram mais usados pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, que ficou preso sob a acusação de corrupção.
Sede do PT foi alvo de depredação
