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IMPASSE NA CPI DA PETROBRAS – Eliziane se diz frustrada com liberação de executivo

Decisão do presidente da CPI não agradou Eliziane Gama

Decisão do presidente da CPI não agradou Eliziane Gama
BRASÍLIA  –  A liberação do executivo Gerson Almada, vice-presidente afastado do comando da Engevix, causou muita discussão, nesta quinta-feira (21), na CPI da Petrobras. A deputada federal maranhense, Eliziane Gama (PPS), disse ter ficado frustrada com a decisão.
Por cerca de uma hora, os parlamentares debateram sobre como a comissão deve proceder quando um convocado diz que vai permanecer em silêncio. A sessão foi encerrada perto do meio-dia. Almada chegou para depor, nesta quinta-feira (21), e avisou que não responderia nenhuma pergunta. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), liberou o executivo.
Ivan Valente (PSOL-SP) comparou a decisão de Motta com as “do presidente da Casa”, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “que toma decisões monocráticas e ditatoriais”.
Ônix Lorenzoni (DEM-RS) disse que na audiência de Pedro Corrêa (PP-PE), em Curitiba, o depoente também havia dito que ficaria calado, mas acabou respondendo perguntas. Lorenzoni destacou que Corrêa afirmou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva apadrinhou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa no cargo.
Frustração
A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) se disse frustrada e pediu para que Motta não repita o gesto de liberar depoentes que se reservam o direito de ficar calados. Motta disse que desde o início da CPI sabia que seria criticado por algumas atitudes.
“Temos mais 30 dias de trabalho, até 25 de junho, dos quais temos três semanas cheias de depoimentos. Já encaminhei o pedido de prorrogação, mas temos que acelerar o processo. Ainda não fizemos nenhuma acareação”, disse Motta. Ele afirmou também que não vai ficar 12 horas em uma sala com deputados fazendo perguntas para ter “um ou dois minutos” com alguma resposta que não leva a lugar nenhum.
Gerson Almada é réu na operação Lava-Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele ficou preso em Curitiba por quase seis meses e agora cumpre prisão domiciliar.
A CPI também deveria ouvir nesta quinta-feira o vice-presidente afastado da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, mas a audiência foi remarcada para o dia 26.

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