Uma nota plantada com adubo comunista, na coluna política deste domingo (16), do Jornal Pequeno chama o PT do Maranhão de “suicida político” e a candidatura de Eliziane de “aventura”. Contraditoriamente, ao lado, na página principal de política do matutino, o vice-prefeito Roberto Rocha e pré-candidato a senador na chapa de Flávio Dino, Roberto Rocha, apela à oposição para uma união de forças, jurando que “desta vez Sarney não vai conseguir dividir a oposição no Maranhão”. Hilário.
Para começo de conversa, o grupo político chefiado por Flávio Dino nunca conseguiu unir a oposição e, a cada tropeço, espalha mais as cartas do baralho da sucessão estadual. Os herdeiros de Jackson Lago, que poderiam somar bastante em uma coalização de enfrentamento do grupo governista, não enxergam nenhuma legitimidade no comunista para ser o líder da esquerda maranhense. E estão justamente alinhados com a pré-candidata Eliziane Gama.
Dino, como se sabe, ingressou na política pelas portas da corrupção, conduzido pelas mãos bobas do padrinho Zé Reinaldo, que nunca na vida foi de esquerda. Reinaldo, que tem pavor de personagens como Fidel Castro, Hugo Chavez e detesta comunistas, usou a máquina pública para posar de anti-Sarney e eleger Flávio Dino, o mesmo que hoje cinicamente escreve em sua página na rede social Facebook sobre “A corrupção e o sofrimento do povo maranhense”. O marmanjo jamais poderia falar de corrupção, já que só é hoje pré-candidato ao Governo do Maranhão porque foi eleito deputado federal por um esquemão corrupto de convênios eleitoreiros.
Na notinha do Jornal do Dr. Pêta, é possível sentir até o mau-hálito de Flávio Dino. É assim que ele se refere a lideranças e grupos políticos que poderiam tornar-se seus possíveis aliados. O deboche e o desrespeito são marcas do chefe do comunismo neste estado. Eliziane Gama é tida como “aventureira” , já que sua candidatura ao Governo é chamada de “aventura” para “satisfazer o ego da deputada” e não um direito garantido pelo regime democrático. Não satisfeito em espezinhar a pré-candidata, o redator-agricultor ainda aumenta o desafeto crescente entre a principal corrente petista maranhense e o comunista. “E no Maranhão, é sempre bom lembrar, em matéria de suicídio político, o monopólio pertende ao PT”.
A declaração irônica é muito semelhante à dada por Dino ao site da revista Carta Capital, quando ele afirmou ser um cristão para acreditar “que as pessoas mudem para pagar seus pecados”, chamando de “pecado” o apoio do partido à eleição da governadora Roseana Sarney.
Suicida e pecador são termos usados por Dino para se referir ao Partido dos Trabalhadores, do qual tanto quer o apoio em 2014. O ranço autoritário e arrogante deixa exposta a inabilidade política do rapaz que, precocemente, poderá enterrar sua trajetória política, porque não aprendeu algumas regras básicas da boa convivência e da composição de alianças no jogo eleitoral.
