Diante das imagens chocantes e degradantes da menina Ana Clara queimada no interior de um ônibus, só resta a reflexão: o que pode ser pior do que o monstro que cometeu essa barbaridade? Os abutres que farejam os restos mortais das vítimas da demência para fazer politicagem e transformar uma desgraça como esta em votos.
Sem nada consistente para mostrar do que fez pelo Maranhão como parlamentar ou ocupante de cargo público, há 7 anos, Flávio Dino apela para a mais baixa, a mais vil das formas de fazer política. Como um aproveitador da pior espécie, o comunista mantém uma artilharia de fabricantes de opinião pública contaminada, alimentada com dinheiro público, para politizar o noticiário.
Jornalistas e blogueiros da mídia nativa esbravejam em suas matérias e comentários como se nunca houvesse acontecido no Brasil barbáries e crimes que chocaram a nação. O Maranhão parece condenado à ser a sucursal do Interno na Terra, como se nos morros cariocas não houvesse a chamada “técnica do microondas” para queimar vivo os inimigos ou traidores do tráfico, tornada pública na impecável direção de José Padilha, em Tropa de Elite.
Nenhum cidadão em sã consciência tolera a violência, principalmente quando vítimas inocentes e crianças são covardemente assassinadas. Mas usufruir de tragédias tão cruéis é abominável. A declaração pública, em rede social, do secretário nacional do PCdoB, de “sustentar uma ampla campanha nacional” para Flavio Dino, tendo como plataforma eleitoral a morte da menina Ana Clara é algo que até o mais desprovido de escrúpulos hesitaria em dizer. Até o staff de comunicação de Hitler teria pudor em agir assim.
Quem observa as cenas do marginal jogando gasolina e ateando fogo na menina, percebe que o problema transcende a questão da Segurança Pública e atinge outras áreas do comportamento. É um problema de Polícia, sim, mas acima de tudo de Psiquiatria.
A morbidez do marginal se compara à frieza de Flávio Dino e de seus cabos eleitorais na busca ambiciosa e desenfreada por votos. Respeitem a dor da família. Faço minhas as palavras da jornalista Jacqueline Heluy, da Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, no Facebook:
Já chega. Isso que algumas pessoas estão fazendo espalhando nas redes sociais fotos grotescas da garota Ana Clara queimada sobre o leito de hospital não é comoção, piedade ou qualquer coisa nesse sentido. É DESRESPEITO. É SADISMO! Essa família já está sofrendo muito. A mãe e a irmã de 1 ano, também queimadas, continuam hospitalizadas. O avô morreu ontem, vítima de parada cardíaca. Qual o sentido de divulgar essas fotos? Que sociedade podre é essa que se alimenta de imagens de uma criança trucidada por bandidos? E se fosse sua filha, gostaria que estivesse exposta dessa forma? POR FAVOR, NÃO MATEM ANA CLARA MAIS UMA VEZ.