O artigo que você vai ler agora é mais um para integrar uma coletânea de reflexões sobre o perfil político de Flavio Dino, que em razão de sua superexposição pública e nas redes sociais, a cada dia se torna mais vulnerável às críticas. Dino tem despertado as mais diferentes reações, prematuramente chamado de “cínico”, em tão pouco tempo de ingresso na política. O autor do artigo, José Linhares Júnior, é jornalista e blogueiro, licenciado em Filosofia e editor do portal do oposicionista do Jornal Pequeno e repórter colaborador da Folha de SP. Trata-se um dos mais talentosos formadores de opinião de sua geração. Com argumentos consistentes, Linhares desmascara mais uma suposta virtude do presidente da Embratur e, com aguda perspicácia, derruba o “mito da inteligência de Flavio Dino”. A leitura é imperdível. Abaixo:
O mito da inteligência de Flávio Dino não aguenta dois minutos de prosa
Flávio Dino se acha um gênio porque passou em concurso público e fez universidade pública. Coisas de gente pequena. O que se mostra com o passar dos anos é que a despeito de seu discurso e de seus bajuladores é o óbvio: os fatos mostram que Flávio Dino é aleatório e não consegue ver o óbvio.
O presidente da Embratur foi nomeado por Dilma. Durante todo o mandato doado por Zé Reinaldo em 2006 o parlamentar se notabilizou no Congresso sabe-se lá por qual motivo. Procurem um projeto individual impactante, alguma atuação em tema polêmico ou alguma conquista. NADA! Vocês não irão encontrar NADA! Todo o brilhante mandato do comunista foi uma grande enxurrada de saliva. Não passou de conversa fiada.
Aliás, Flávio Dino ganhou destaque sim em 2009. Nas palavras do jornalista Augusto Nunes: “Flávio Dino propõe que sejam estendidas aos portais e sites as amarras que fazem das campanhas eleitorais no Brasil as mais tediosas e imbecis do planeta. Pura perda de tempo. Se nem ditaduras escancaradas conseguem domar a internet, não será uma velharia velhaca a autora da proeza.”
Isso mesmo! Quando deputado Flávio Dino propôs que a internet fosse censurada quando deputado.
Se como deputado Flávio se notabilizou por quase nada, como político de oposição ele galga o trono da imbecilidade com maestria. Durante todo este tempo em que fez oposição a João Castelo na prefeitura e Roseana Sarney no governo do estado, nunca se viu um único encadeamento de ideais que pelo menos apontem para um esperança longínqua de propostas sérias. Flávio quer apenas mudar. O povo do Maranhão precisa apenas não votar nos outros. As práticas que infernizam o Maranhão, o casuísmo administrativo, a ingerência do bem público, os conchavos, a roubalheira não são problemas.
Flávio já se uniu a nomes célebres como Weverton Rocha. E hoje comemora a entrada de Raimundo Cutrim em seu grupo político. Castelo e o PSDB, que poucos anos trás eram tudo o que de mais “velho” existia na política do Maranhão, hoje recebem elogios, abraços e até tapinhas nas costas.
João Castelo é um capítulo que implode maravilhosamente bem o mito dessa tal inteligência. Em 2008 Flávio chorou ao ser derrotado. Esperneou como se o que tivesse em jogo fosse algum brinquedo (prefeitura) que a mamãe (população) não quis dar. procurem na história de políticos REALMENTE célebres, de gente REALMENTE inteligente, tal atitude juvenil. Se encontrarem, eu fecho esse blog e rasgo meu diploma.
Depois disso, o prefeito tucano sofreu oposição e perseguição ferrenha do Grupo Sarney, adversários de Flávio Dino. E o que ele fez? Hora, ele foi lá e fez oposição também. Aproveitou a deixa e entrou de sola. Foi além disso: lutou para tirar os partidos e lideranças que faziam a base do prefeito e comandou a derrota do tucano.
Pelas ruas o que se vê é que a tal “gestão da mudança” vai de mau a pior. E Castelo já começa, mesmo que timidamente, a ser motivo de arrependimento de quem optou pelo candidato de Flávio. O fato é que Flávio Dino não tinha, não tem e nunca terá projeto para São Luís. Se aproveitou de uma circunstância criada pelo grupo Sarney e derrotou em 2012 quem convida para compor chapa em 2013.
Como presidente da Embratur o que se vê é um mandato apagado. Só que dessa vez setores da imprensa não podem transformar discursos feitos em tribunas em feitos heroicos e influência. Não existe palanque na Embratur. Se quiser ser notado lá, terá que trabalhar. Como trabalha apenas três dias por semana, irá ter uma passagem apagada pela empresa.
Tanto como deputado, como candidato, líder político e agora presidente da Embratur, Flávio Dino é mediano. Em algumas vezes não raras chega a ser pequeno. Na própria oposição existe gente muito mais qualificada, MUITO MAIS MESMO, que ele. Está na hora desse mito ser desmontado e de baixar essa bola. Garotinho mimado…