As últimas declarações dos deputados têm colocado à mostra o jogo embaralhado de cartas que o presidente da Embratur montou para sua candidatura ao Governo do Estado. Inábil nas jogadas políticas, Dino vai ter que deixar alguma carta fora do baralho, além do fato de que ele nunca conseguiu reunir todos os naipes da oposição necessários para ganhar uma disputada eleição.
Recentemente, a deputada estadual Gardeninha afirmou que Flávio Dino teria garantido ao presidente do PSDB estadual, deputado federal Carlos Brandão que os tucanos teriam vaga na chapa majoritária. Ontem, o Líder da Oposição na Assembleia, deputado comunista Rubens Júnior negou a jornalistas qualquer acordo com o PDT.
O PDT pós-Jackson – uma versão PMDB nacional na briga pelo poder – que não costuma abrir mão de nada, mandou um recado direto. O presidente do PDT no Maranhão, o deputado federal Weverton Rocha, reafirmou que se o acordo celebrado em 2012 não for cumprido, o PDT não permanecerá apoiando a candidatura de Flávio Dino ao Governo do Estado.
“Nós não estamos reivindicando nada. Se o PDT não for convidado a estar lá [na chapa majoritária de Flávio Dino], estarão convidando o PDT a lançar candidatura própria. Então eu não vou ficar batendo na porta atrás de espaço, isso aí não existe. Nós temos quadros e participaremos do processo da eleição majoritária”, declarou Weverton Rocha ao Jornal O Estado do Maranhão.
Acontece que no encontro do PTC, realizado no último fim de semana, o prefeito Edivaldo Júnior confirmou o acordo celebrado em 2012 entre PDT, PTC, PCdoB e PSB e negado pelo deputado Rubens Pereira Júnior. Holandinha foi além e cobrou o cumprimento do acordo, afirmando, publicamente: “Temos o PDT que deverá indicar o companheiro a formar chapa com o PCdoB”, disse.
Dino vai ter que trair a promessa a algum partido. Ou o PDT rompe sem dó nem piedade e fortalece um nome próprio, como já ameaçou, ou o PSDB será a carta fora do baralho. Ou seja, é inviável uma força de coalização das oposições para as eleições de 2014.