Cada vez que se expressa, Dino revela traços de sua personalidade. Até então, era visível a compulsão pelo poder em alguém só teve um único mandato de deputado federal. Diante dos últimos acontecimentos, aos poucos percebe-se nele um tipo psicológico cada vez mais obsessivo e capaz de pagar qualquer preço para que a sua vontade prevaleça. E nem é preciso votar contra Flavio Dino para observar os traços de seu caráter, pois ele mesmo se expõe da forma mais patológica e com um emocionalismo infantil pouco adequado às regras do jogo político – que, aliás, possui muitas semelhanças com o jogo de pôker, o qual exige de quem joga uma frieza siberiana.
Li o post do blogueiro Gilberto Léda sobre a já tão manjada incoerência do presidente da Embratur. Nada vi de desrespeitoso em relação à dolorosa perda de seu filho, uma tragédia que nenhum pai de família como eu, ou qualquer outro, quer vivenciar. Conheço muitos pais que se comportam com uma dignidade quase santa diante de tragédias como esta. Léda, pelo contrário, foi cuidadoso quando escreveu: “Veja bem: não se critica aqui a luta de um pai por aquilo que acha correto e justo. Não se pode medir o tamanho de tal perda e os efeitos que ela provoca”.
O problema é que muita gente não leu a postagem do blogueiro e não pôde avaliar. Ficou a versão de Flavio Dino, posando de vítima, fazendo politicagem, a ponto de provocar náuseas em quem conhece sua obsessão em governar o Maranhão. Desnecessário dizer que foi choramingar a Sarney. Para quê politizar sua dor, camarada?
Dino usa os termos apelativos de sempre, provavelmente para desviar o foco das recentes e graves denúncias contra as doações da campanha de 2010. São frases odientas e propositalmente exageradas, com a repetição da palavra “Guerra” várias vezes: “Na guerra desumana que movem contra mim” ou “Sei que estão em desespero e querem me destruir numa guerra insana e suja”.
Qualquer leigo sabe que política é um jogo de cena. Em mais esse ato, Flavio Dino demonstra sua personalidade doentia, a ponto de tentar virar o jogo a seu favor, usando uma tragédia que não se deseja ao pior inimigo. Líderes com esse tipo de personalismo já provocaram muitos danos à humanidade. Os gestos de Dino assustam.