Sorimar Sabóia falou sobre o preconceito que ainda existe sobre o trabalho da Fundação e que a reinserção familiar e comunitária do adolescente atendido pela instituição é o maior desafio
O Café com Notícias desta segunda-feira (18) recebeu a presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), Sorimar Sabóia, para falar sobre o trabalho desenvolvido pela instituição, que este ano completa 30 anos de existência.
“Anteriormente, a Funac era era Febem e por conta do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, sofreu uma readequação da sua missão institucional. Ela saiu de uma instituição que estava regulada pelo código de menor, em que crianças e adolescentes eram vistos como caso de polícia, e com a instituição da Funac passam a ser vistos como sujeitos de direitos, tendo como marco legal a doutrina da proteção integral e todo o seu conjunto de ação muda”, explicou Sorimar Sabóia.
A presidente da Funac afirmou, ainda, que a partir de 2007, no âmbito do estado do Maranhão, a Fundacão passou a ser uma instituição que atende apenas adolescentes em conflito com a lei, que tenham sido sentenciados pela prática de ato infracional e que cumprem medidas restritivas e privativas de liberdade. Segundo ela, os adolescentes que cometem infrações leves são atendidos nos próprios municípios de origem, pelas medidas socioeducativas em meio aberto, tendo os CREAS como unidade de referência.
Sorimar falou também sobre o preconceito que ainda existe sobre o trabalho desenvolvido pela Funac. “O adolescente atendido pela Fundação carrega um estigma porque violou uma lei e, na maioria das vezes, a população quer se ver livre desse adolescente e isso traz uma visão de preconceito para a instituição. Mas aos poucos estamos superando isso através do trabalho realizado”, ressaltou.
Sobre os desafios do trabalho desenvolvido pela instituição, ela disse que a reinserção familiar e comunitária do adolescente é o maior deles, principalmente ao tentar inseri-lo no mercado de trabalho.
“A participação e o apoio da família são muito importantes nesse processo de ressocialização. E a Funac, com o apoio do serviço de assistência social dos municípios, faz essa aproximação ou reaproximação, se necessário, do adolescente com a sua família”, enfatizou.
Crédito Agência Assembleia