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Inflação do aluguel volta a subir em abril, mas acumula queda em 12 meses

IGP-M teve alta de 0,31%, após dois meses de recuo, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas

O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, voltou a avançar em abril após dois meses de queda, registrando uma variação de 0,31%, mostram dados revelados nesta segunda-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com a variação, o índice acumula queda de 0,60% no ano e -3,04% nos últimos 12 meses. No mês anterior, em março, o índice apresentou queda de 0,47%. Em abril de 2023, o índice teve queda de 0,95%, acumulando recuo de 2,17% nos 12 meses anteriores.

O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês.

O pesquisador do Ibre/FGV e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, André Braz, explica que vários produtos essenciais registraram alta no último levantamento, entre eles o cacau, que saltou para 63,63% e o café, que foi para 9,57%, além da soja, que passou de -0,47% para 5,66%.

“Por outro lado, o minério de ferro apresentou uma redução menos acentuada, caindo para -4,78%, o que também teve papel importante na aceleração da taxa do IPA. No índice ao consumidor, os alimentos in natura continuam sendo um dos maiores contribuintes, com destaque para o tomate, que variou para 16,19%, e o mamão, que aumentou para 25,55%”, afirmou.

O inquilino deve estar atento aos indicadores de reajuste que estão no contrato de locação, porque muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos. O indicador teve alta de 0,16% em março.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

Com informações do R7

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