BrasilServidores esperam fechar nesta 4ª acordo para reajuste de benefícios

Servidores esperam fechar nesta 4ª acordo para reajuste de benefícios

Acordo do governo federal com servidores vai garantir reajuste nos valores dos benefícios (alimentação, saúde e creche) a partir de maio

O governo federal deverá formalizar, nesta quarta-feira (10/4), a oferta de reajuste nos valores dos benefícios recebidos pelos servidores do Executivo federal (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar), com efeito a partir de maio de 2024.

Há expectativa de que o acordo seja fechado ainda nesta quarta, na reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) — principal fórum de discussão entre governo e funcionalismo —, que ocorrerá a partir das 14h30 no Conselho Nacional de Previdência Social, em Brasília.

A reunião, que estava prevista para acontecer apenas no mês de junho, foi antecipada em caráter extraordinário a fim de debater a recomposição dos benefícios em 2024. No início da semana passada, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) acionou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com o objetivo de garantir a “implementação imediata” do reajuste dos benefícios.

A proposta oficial de adequação dos auxílios, a partir de 1º de maio, já havia sido apresentada há alguns meses, mas o MGI ainda não havia recebido o aceite por parte das entidades do funcionalismo, que esperavam por uma proposta de reajuste geral para negociar o pacote completo. No entanto, por ora, a posição do governo está mantida em aumento salarial zero para 2024. Com essa tratativa sobre salário empacada, o funcionalismo mudou de estratégia e passou a demandar a correção imediata nos benefícios, a fim de garantir alguma recomposição para este ano.

Os valores ofertados pelo governo são os seguintes:

– auxílio-alimentação: sobe de R$ 658 para R$ 1 mil
– auxílio-saúde: sobe de R$ 144 para R$ 215
– auxílio-creche: sobe de R$ 321 para R$ 484,90

O reajuste nos auxílios representa aumento de 51,06%, e os recursos para bancá-lo já estão contemplados no Orçamento de 2024.

“O governo já está fazendo um esforço grande, tem que reconhecer. Foi 51%, é um esforço fiscal importante que não dá para desprezar”, admitiu o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, que participa das reuniões da Mesa Nacional.

Marques acredita que há tempo hábil para o pagamento dos valores reajustados já no mês de maio (a folha de salários fecha em 15 de abril). De todo modo, a oferta oficial do governo é para efeito financeiro em maio, com pagamento iniciado em junho.

O representante da Fonacate adiantou que, na reunião desta quarta, os servidores também irão cobrar do governo a equiparação progressiva, até 2026, nos benefícios do Executivo àqueles pagos pelo Legislativo e Judiciário. Hoje, o auxílio-alimentação pago a servidores do Legislativo e do Judiciário é equiparado, em R$ 1.393,10. O Metrópoles apurou que não há garantia de que o MGI vai se comprometer com essa cobrança.

Além do Fonacate, participam da Mesa Nacional o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e as centrais sindicais.

Reajuste deverá ser negociado por categoria de servidores
Inicialmente, os servidores pediram recomposição salarial com percentuais variáveis, entre 22,71% e 34,32%. Em fevereiro, eles apresentaram nova contraproposta e pediram, pelo menos, 7% de reajuste. A negociação sobre o reajuste vinha ocorrendo de forma coletiva, por meio da Mesa Nacional de Negociação.

Agora, a ideia é que a Mesa Nacional deixe de tratar de um reajuste linear (para todos os servidores) e foque apenas na pauta não financeira, o que inclui, por exemplo, o pacote da regulamentação do direito à greve.

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A partir de agora, os reajustes salariais deverão ser discutidos nas mesas de negociação específicas de cada categoria, como já vem ocorrendo. Recentemente, assinaram acordos com o governo as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), os auditores fiscais da Receita Federal e os agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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As categorias não contempladas cobram a apresentação, ainda nesta semana, do calendário das mesas específicas. O governo indicou que a data de implementação do que for negociado nesses espaços passará a ser 1º de janeiro do ano seguinte.

Nesse cenário, não há mais compromisso, por parte do governo, com os 18% de reajuste para todos os servidores do Executivo federal ao longo dos quatro anos do atual mandato do presidente Lula (PT). O número refere-se aos 9% concedidos em 2023 e aos 9% de correção que seriam dados nos próximos dois anos (4,5% em 2025 e mais 4,5% em 2026).

Com informações do Metrópoles

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