A arena eleitoral está armada e começou mais cedo do que se esperava. Na briga pelos Leões, a lógica canalha é atirar ao fosso quem for adversário. Apontar erros e não fazer proposições é mais fácil e não contribui em nada para elevar o nível do debate democrático. Ao contrário, é a forma que se tem de transformar eleitores em espectadores de uma luta de boxe ou MMA.
O problema da violência comandada no interior do complexo penitenciário de Pedrinhas é mais amplo e envolve instâncias como o Poder Judiciário, a Defensoria Pública, o Governo do Estado e outras instituições. Mas Dino e seus seguidores preferem incitar o ódio na população, divulgando com sadismo o vídeo da criança queimada e materiais de conteúdos revoltantes. A postura denuncia o despreparo do comunista para exercer a função de chefe do Executivo. Nem mesmo a experiência como magistrado serviu para que ele passasse a agir com serenidade e discernimento.
Pelo que divulga a rede comandada para favorecer Flávio Dino, de forma evidentemente distorcida, a culpa da desgraça que se abateu sobre a garota Ana Clara não foi dos monstros que atearam fogo na inocente criança. Se 2014 não fosse ano eleitoral, provavelmente Dino sentaria num gabinete de crise para oferecer soluções à governadora Roseana Sarney. Mas ser inquisidor e salvador da Pátria agora rende mais votos.
Homens assim são capazes de tudo pelo poder. Até de transformar cidadãos e eleitores em linchadores da moral e da honra alheia.
