A seleção brasileira está nas semifinais do futebol masculino das Olimpiadas pela quarta vez consecutiva — conquistou bronze em Pequim, prata em Londres e ouro no Rio de Janeiro. Com uma atuação segura na manhã deste sábado (31), que poderia ter sido mais tranquila do que o placar determinou, o Brasil derrotou o Egito por 1 a 0, gol de Matheus Cunha, e se classificou para buscar uma vaga na final. O próximo jogo será na terça-feira, às 5h, contra o vencedor de México e Coreia do Sul. A outra semifinal será entre Espanha e Japão.
André Jardine escalou o Brasil sem surpresas, mantendo a base que terminou no primeiro lugar do Grupo D das Olimpíadas. Richarlison e Matheus Cunha eram os centros ofensivos do time. O Egito por sua vez, justificou o bom desempenho defensivo da primeira fase — sofreu apenas um gol em três jogos — ao escalar uma linha de cinco atrás e outra de quatro logo à frente para conter a seleção brasileira.
A primeira boa chance do jogo foi aos cinco minutos. Daniel Alves avançou pela direita e cruzou bem, mas o goleiro Elshenawy desviou no alto e impediu a finalização. Aos oito, Douglas Luiz lançou Richarlison na área, mas a bola correu demais e o camisa 10 apenas conseguiu forçar o escanteio.
O Egito deu um susto ao Brasil aos 12. Diego Carlos afastou mal, e Rayan chutou em cima da zaga. Só que um bate-rebate fez a bola bater na cabeça de Tawfik, e ela passou rente à trave esquerda de Santos.
Aos 18, os egípcios erraram na saída de bola. Antony ligou rapidamente para Matheus Cunha, mas o centroavante brasileiro não esperava o passe e deixou a bola passar no meio da área.
O Brasil voltou a levar perigo aos 27. Depois de uma boa troca de passes pelos meio, Richarlison contou com um desvio da defesa para receber novamente e finalizar. A bola parou no peito do goleiro Elshenawy.
Depois de tanto tentar, a seleção finalmente abriu o placar aos 36 minutos do primeiro tempo. Claudinho puxou um contra-ataque pela esquerda e lançou Richarlison, que cortou para o meio e tocou em um espaço curto para Matheus Cunha. O camisa 9 dominou com tranquilidade e acertou o canto. 1 a 0.
Antes do intervalo, ainda deu tempo de o Brasil ter mais uma oportunidade. Douglas Luiz cobrou falta de dentro da meia-lua, e a bola passou a centímetros da trave esquerda do goleiro egípcio.
A seleção voltou para o segundo tempo disposta a matar o jogo. A um minuto, Claudinho chutou de bico, de dentro da área, à direita do gol. Segundos depois, Matheus Cunha recebeu de frente para o goleiro, mas a cavadinha não subiu o suficiente para encobrir Elshenawy.
Aos 13, Douglas Luiz arriscou um chute perigoso de fora da área, mas a curva da bola não foi suficiente para que ela tivesse o endereço certo. Aos 21, Daniel Alves lançou Paulinho, mas ele bateu em cima do goleiro. Pouco depois, Matheus Cunha deixou o gramado com dores musculares, uma preocupação que pode aumentar na sequência do torneio.
Depois de tantas chances perdidas, o Brasil foi atacado aos 27. Taher Mohamed invadiu a área pela esquerda e bateu prensado. Ahmed Fotouh ainda brigou pela posse, mas a arbitragem parou o jogo por posição irregular.
Nos minutos finais, com o jogo controlado, a seleção passou a se resguardar para manter o placar, o que fez o Egito cresceu e criar algumas oportunidades — mas sem grande risco. Assim, o Brasil confirmou a passagem para mais uma semifinal olímpica.