Brasília sediará segunda edição do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero
Evento reunirá autoridades e especialistas de cinco continentes em debate sobre a redução ou eliminação completa do lixo.
Em 2018, mais de 3.500 pessoas, de 46 países, reuniram-se na Capital Federal para discutir a gestão dos resíduos sólidos e compartilhar boas práticas de cidades que já avançaram neste tema.
A novidade desta edição é que o alcance será também por meio eletrônico. Com limitação de participantes presenciais, o Congresso, que é gratuito, será transmitido por plataforma online. Apenas os 200 primeiros inscritos garantirão vaga para acompanhar a programação no Museu da República, em Brasília.
Serão mais de 20 salas simultâneas com temas relacionados à economia, políticas públicas, sustentabilidade, casos de sucesso, negócios e responsabilidade social. Os organizadores proporcionarão momento de arte, holografia e interação com pessoas de todo o mundo que defendem a causa da gestão correta dos resíduos sólidos como forma de desenvolvimento das cidades e das populações.
“A primeira edição deixou três legados: o primeiro foi o sucesso na realização inédita de evento com esse tema no mundo. O Segundo legado foi a proporção que o conceito Lixo Zero ganhou. Por fim, Brasília, por sediá-lo, teve uma exposição muito positiva e tornou-se referência para outros países”, pontua o presidente do Instituto Lixo Zero Brasil e realizador do Congresso, Rodrigo Sabatini.
A proposta do Congresso Cidades Lixo Zero é reunir toda a cadeia produtiva, governo e especialistas na gestão dos resíduos (pesquisadores, gestores públicos, parlamentares, empresários, investidores, academia e sociedade civil) e buscar soluções para a eliminação total ou redução, em alguns casos, do lixo. A ideia é fortalecer a economia circular como única forma de produção, comércio, consumo e pós-consumo de qualquer item ou empreendimento.
“Em 2018, mostramos que mais de 30% do orçamento público é destinado à gestão incorreta de resíduos. Significa que, para cada R$ 1 gasto na administração do lixo, eu pago R$ 3 reais para enterrá-lo. Em grandes cidades, o prejuízo chega a R$ 500 milhões por ano. Esse dinheiro poderia ser investido em serviços que dão mais oportunidades e qualidade de vida para as pessoas”, defende Sabatini.
Simulador de gastos com resíduos
Para dimensionar esse orçamento, o Instituto Lixo Zero Brasil criou um simulador que estima os gastos de cada município. Ao inscrever-se, o participante receberá o link de acesso ao sistema para acompanhar, de perto, os dados locais e poder cobrar mais efetividade dos gestores.
“Desde a última edição, houve grande renovação nas administrações das cidades e municípios. Esse evento terá grande impacto nesses novos prefeitos, vereadores e deputados, que virão oportunidade de criar soluções efetivas e poder atacar um problema que é vital para qualquer cidade”, diz o presidente do Instituto.
As inscrições já estão abertas pelo site www.congressolixozero.org.br .
O conceito Lixo Zero
É uma meta para guiar pessoas e instituições a mudarem as práticas para incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A partir de premissas éticas, econômicas e eficientes, a metodologia promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que jogamos fora. Também propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global.
Dados da edição anterior – Na primeira edição, em 2018, o Congresso Internacional Lixo Zero reuniu mais de 3.500 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Foram cerca de 120 horas de capacitação, 100 palestras e 300 convidados, com 26 representantes de 16 países. Na internet, o evento engajou mais de 10 mil pessoas. Somente no Twitter, foram registradas 75 mil citações sobre o Congresso entre maio e junho, média de 1.800 por dia.
SERVIÇO
Congresso Internacional Cidades Lixo Zero
Data: de 22 a 24 de junho de 2021
Local: Museu da República, Brasília/DF
Público: prefeitos, legisladores, gestores públicos, organizações não governamentais, acadêmicos, empresários, empreendedores, estudiosos do tema e sociedade civil.