O chefão comunista Flávio Dino usa a crise no sistema de Segurança – e até a tragédia que se abateu sobre a família da menina Ana Clara – para se promover nacionalmente como o salvador da pátria no Maranhão.
Mas ele tem razão para isso.
Coincidentemente, todos os episódios da crise ocorrem exatamente quando o próprio Dino está envolvo em uma agenda negativa, exposto em seus esquemas políticos.
Ou seja, a crise da segurança pública ajuda o chefão comunista a se livrar dos seus escândalos.
Em novembro, por exemplo, este blog trouxe com exclusividade a revelação de que empresa ligada a um grupo que explora trabalho escravo doou 1/4 dos cerca de R$ 2 milhões da campanha de Dino em 2010.
O caso ganhou repercussão nacional, com o comunista acuado pela falta de explicação consistente.
Naquela época, o próprio Dino já tentava desviar o foco, escrevendo artigos sobre as soluções para a segurança no estado até que explode mais uma rebelião no complexo de Pedrinhas.
Em dezembro, Flávio Dino sofre nova agenda negativa, com a divulgação de pesquisas que apontam queda em suas intenções de voto e crescimento do peemedebista Luis Fernando Silva.
Para completar, pesquisas apontam também rejeição de 85% da administração de Edivaldo Júnior (PTC) em São Luís, o que afeta também a campanha do chefão comunista na capital.
Mas eis que surge nova rebelião, em 17 de dezembro, com quatro presos decapitados, o que, mais uma vez, tira o foco de negatividade sobre o grupo dinista.
Na semana passada, Flávio Dino enfrentava nova crise de credibilidade, com a revelação de que o rombo da conta-turismo durante sua passagem na Embratur girou em torno de R$ 20 bilhões.
O desgaste era tanto que o PCdoB chegou a se reunir para disucutir o que fazer, já que o seu chefão estava às vésperas de deixar o cargo e não poderia sair com este passivo.
Até que, na sexta-feira, nova ação criminosa comandada de dentro de Pedrinhas tira todo o foco e abre debate nacional sobre a segurança no Maranhão.
Favorito na disputa pelo Governo do Maranhão, Flávio Dino tem sérias chances de perder para si mesmo as eleições de outubro próprio – por conta dos seus esquemas nada republicanos que, vez por outras, vêm à tona.
Do Blog do Marco Aurélio Deça