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Doadores de sangue raro salvam vida de bebê com doença grave no DF

Heitor nasceu com com doença cardíaca grave e precisou passar por cirurgia e doação de sangue com anticorpo de baixa frequência raríssimo

A Fundação Hemocentro de Brasília mobilizou doadores de sangue de genótipo raro para salvar a vida de um bebê de apenas quatro meses de vida. Heitor nasceu no dia 3 de junho com transposição das grandes artérias, doença cardíaca grave, e somente a cirurgia poderia salvar a vida do recém-nascido.

Para a realização do procedimento, seria necessário quatro bolsas de sangue, conforme explica o hematologista Marcelo Jorge.

“Durante o procedimento, o coração precisa ser substituído por uma máquina por onde circula todo o sangue do paciente. Além disso, apenas as hemácias, componente encontrado no sangue, são utilizadas na cirurgia”, detalha.

Assim, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), solicitou ao Hemocentro sangue com anticorpo de baixa frequência, variante RHCE, anti-V e anti-C, um genótipo muito raro.

“Além do grupo ABO e fator RH positivo e negativo, existem milhares de outros sistemas que identificam o genótipo sanguíneo de uma pessoa. Por ser um recém-nascido com anticorpos maternos, o Heitor precisaria receber sangue com genótipo idêntico ao da mãe, que é dificilmente encontrado”, frisa Lorenna Andrade, analista do Laboratório de Imuno-Hematologia do Hemocentro

A mãe de Heitor, Gislaine do Nascimento, 30 anos, moradora de Recanto das Emas, contou que diversas pessoas da família chegaram a fazer o teste de compatibilidade. “Eu não podia doar porque tenho anemia falciforme. Das pessoas da minha família que fizeram, apenas o meu irmão, que já havia doado sangue no Hemocentro anos atrás, foi compatível”, explica.

O Hemocentro recorreu, então, ao Ministério da Saúde para encontrar outros possíveis doadores no país. Foram localizadas apenas mais três pessoas possivelmente compatíveis no Brasil – uma no estado de São Paulo e duas no Ceará, que se prontificaram a doar sangue.

A cirurgia de Heitor foi realizada com sucesso no dia 1º de setembro. Depois do procedimento, o bebê foi transferido para o Hospital da Criança de Brasília José Alencar, onde continua internado em observação.

“Ele ainda não tem previsão de alta, até porque é bem novinho, então não está bem desenvolvido, mas está sendo muito bem tratado. Graças a Deus não houve nenhuma complicação com ele. Nem na mesa de cirurgia, nem no pós-cirúrgico, nada. As doações salvaram a vida do meu filho”, comemora a mãe do bebê.

Crédito METRÓPOLES 

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