Segundo o governo, inicialmente, a proposta apresentada é a única possível e por isso descarta uma nova oferta aos professores
O Governo do Distrito Federal (GDF) não deve apresentar uma nova proposta para os professores encerrarem a greve nas escolas públicas.
Segundo o Palácio do Buriti, neste momento, a proposta possível já foi apresentada. Nesta quinta-feira (18/5), os professores recusaram a proposta em votação durante assembleia e decidiram manter a paralisação.
A paralisação dos professores já passa de duas semanas. Os educadores cobram reestruturação da carreira, correção da remuneração, melhores condições de trabalho e incorporação de gratificação aos salários.
O GDF propôs melhorias para professores efetivos e temporários, mas a categoria não ficou satisfeita. Em reunião com o Sinpro-DF, na tarde dessa quarta-feira (17/5).
O Executivo local ofereceu a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) à remuneração de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.
Proposta
O benefício seria pago em seis parcelas, até 2026: uma a cada semestre, a partir de 2024. O impacto total da incorporação seria de R$ 676 milhões aos cofres públicos.
Outros benefícios, com impacto aproximado de R$ 10 milhões, também foram apresentados na mesa de negociação entre governo e educadores.
MPDFT
Representantes das Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) e da Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC) receberam integrantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) na quarta-feira (17/5).
Para o Ministério Público, “é importante que seja cumprida a determinação judicial, diante dos impactos no processo de aprendizagem dos estudantes e da quebra da continuidade do serviço público essencial, mas o direito dos professores e a valorização da carreira da magistratura também são uma preocupação à qual o MP está atento”, declarou o procurador distrital dos direitos do cidadão, Eduardo Sabo.
A Proeduc irá remeter ofício para que a Secretaria de Educação informe o estado de funcionamento das regionais de ensino diante da greve.
Por Samara Schwingel e Francisco Dutra Metropoles