Decisão atende a pedido da Procuradoria da República do Distrito Federal, que apontou prescrição dos crimes que supostamente foram cometidos
A juíza Pollyanna Kelly Martins Alves, da 12º Vara Federal do Distrito Federal, determinou o arquivamento do processo sobre o tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A decisão da magistrada é da última quinta-feira (27) e atende a um pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal, que solicitou o arquivamento do caso por prescrição dos crimes que supostamente foram cometidos por Lula e outros envolvidos nos autos. “O pedido de arquivamento dos autos comporta acolhida”, escreve a juíza na decisão.
Segundo a Procuradoria, o arquivamento dos autos deveria acontecer em razão da extinção da punibilidade e pela “prescrição da pretensão punitiva estatal relativamente a Luiz Inácio Lula da Silva, José Adelmário Pinheiro Filho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, no que diz respeito às imputações dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, envolvendo o pagamento de reforma, ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento”.
Em entrevista à rádio Liberal de Belém, o ex-presidiário Lula (foto) comemorou a decisão da Justiça. “Estou feliz porque acabei de saber da notícia que a Justiça arquivou o processo do tríplex. A mentira contada pelos meus algozes”, disse Lula. “Vou evitar citar o nome [deles], porque cada vez que cito, ficam aproveitando para fazer disputa. Sempre acreditei que a verdade viria à tona”, prosseguiu o petista.
“Quem era herói está virando bandido e quem era bandido está virando herói”, declarou Lula.