A cena é patética. Exibindo a empáfia paquidérmica, o comunista fala para as câmeras: “Eu não respondo a nenhum processo na justiça, sou 100% Ficha Limpa. Vocês nunca viram meu nome envolvido em corrupção, denúncia e são com essas mãos limpas e essa história de vida que venho pedir humildemtne que vocês façam aquilo que só vocês podem fazer”. No discursou, o pré-candidato ao Governo, Flávio Dino, em pleno ato de campanha, pede votos antes do período permitido pela Lei Eleitoral.
A apropriação indébita do discurso contra a corrupção, feita pelo comunista, lembra o movimento das Cruzadas, quando em nome do cristianismo foram cometidas as maiores atrocidade e tragédias contra a humanidade.
O deputado federal Simplício Araújo (SDD), outro aliado de todas as horas do pré-candidato ao Governo do Maranhão, também fez um apelo na sessão de ontem (19) da Câmara Federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitando que o órgão garanta a aplicação da Lei da Ficha Limpa já nas eleições de outubro deste ano.
Mas nem Flávio Dino e nem o deputado Simplício Araújo não se constrangem ao subir no palanque, ao lado de fichas-sujas e políticos com reputação deplorável. Apelidado de “Coligação Pau de Galinheiro”, o grupo político que sustenta a candidatura de Dino é formado por nomes como:
_ Tema, conhecido prefeito de Tuntum, preso por desvio de dinheiro público na Operação Rapina;
_ O ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, processado diversas vezes por desvio de recursos públicos;
_ Rubens Pereira, ficha-suja, pai do líder da oposição na Assembleia Legislativa, Rubens Pereira Júnior, que tanto defende o comunista e critica o Governo;
_ O ex-prefeito de Pinheiro, Zé Arlindo, ficha-suja por desviar recursos públicos do município;
_ O deputado federal Bira do Pindaré, que desviou recursos da DRT, considerado ficha suja;
_ Othelino Neto, processado por desvios de recursos da Secretaria do Meio Ambiente, que teve até prisão preventiva decretada;
Além de outros integrantes, os reinaldo-dinistas contam com o comando do único governador da história do Maranhão que foi preso pela Polícia Federal, na Operação Navalha, José Reinaldo Tavares, responsável pelo ingresso de Flávio Dino na política que, não foi exatamente, pela preferência do eleitorado, mas pelo escoamento de recursos públicos através da vala da corrupção.
Portanto, o chefe do comunismo no estado não pode protestar contra a corrupção, pois foi tal prática que arrombou as portas da política para que ele se tornasse deputado federal e hoje pré-candidato ao Governo.