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Por nota, a Secretaria de Educação do DF disse que tá investigando o caso e repudia qualquer tipo de postagem que ressalte a violência
No último dia 20, quando várias ameaças de ataques em escolas do Brasil foram feitas, a professora Lorena Santos, de 28 anos, postou em suas redes sociais o “look do massacre”, em alusão às roupas escolhidas para ir trabalhar naquele dia.
Dias depois, ela voltou às redes sociais para tentar se justificar. Apesar de reconhecer o erro, ela disse que só usou do ‘humor ácido’ para passar pela situação.
Professora do Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns, localizado no Paranoá-DF, ela disse que os docentes no Brasil ‘vivem com medo’, e que isso faz parte do cotidiano. Lorena disse que a postagem foi um jeito de lidar com o caos e as tragédias. “Já que a gente se vê de mãos atadas, a gente faz o que dá para fazer. Não foi diferente com essas ameaças. Já que não dá mais para gritar por segurança, gritar por socorro, a gente recorreu a ‘o que que a gente pode fazer?’ Usar uma roupa confortável, não usar salto, para se qualquer coisa acontecer, a gente esteja preparado.”
Ela ainda disse que foi uma espécie de brincadeira. “A gente não term o que fazer mais, a não ser se preocupar com uma coisa banal, que é uma roupa”.
Apesar das justificativas, Lorena reconheceu o erro e disse que faltou ‘delicadeza’ nas palavras. “Foi uma atitude sem noção e totalmente inapropriada, mas em qualquer situação de perigo eu iria proteger os alunos”, disse ela.
A docente precisou prestar esclarecimentos para a Polícia Civil do Distrito Federal, mas refutou a ideia de que estaria incentivando ataques, pois ‘estava lá, na linha de frente’, e também tem uma filha em creche.
Quem também está apurando o caso é a Secretaria de Educação do DF, que em nota, disse repudiar qualquer tipo de postagem que ressalte a violência.